Dilma Rousseff recebe jogador Tinga e árbitro Marcio Chagas, vítimas de racismo no futebol
A presidenta Dilma Rousseff mostrou solidariedade às vítimas de racismo e reiterou a disposição do governo federal em combater este tipo de crime e o preconceito de maneira geral, nesta quinta-feira (13.03), quando recebeu o volante Tinga e o árbitro gaúcho Marcio Chagas. Eles foram vítimas de manifestações racistas em partidas de futebol, recentemente. Após o encontro, o jogador do Cruzeiro afirmou que espera pela punição de quem cometer esse tipo de ato e que o preconceito só poderá ser combatido por meio da educação.
“Espero que tenha a punição, mas não acho que somente isso vai mudar as coisas, mas a educação. Eu acredito muito que uma das maneiras de combater o preconceito é a educação. O preconceito está ligado à falta dela. Quando falamos em educação, não é só a escolar. Falo da cultura dentro de casa, começar a fazer nossa parte. Temos o costume de esperar tudo dos professores, do governo, mas temos que começar fazendo nossa parte como ser humano, como família. Combater o preconceito leva tempo e tem que ser feito pela educação.”
O árbitro relatou que o episódio ocorrido na partida entre Esportivo e Veranópolis, no dia 6 de março, não foi o primeiro caso em que sofreu racismo, mas foi o mais agressivo. Quando chegou a seu carro, Marcio encontrou bananas espalhadas pelo veículo, que também foi depredado. Além disso, o árbitro disse ter sido ofendido verbalmente. “Após o fato, resolvi expor a situação, que não foi a primeira, mas foi muito dolorosa. Acho que deve haver punições exemplares para coibir esse tipo de crime porque é algo que fere o sentimento, como ser humano. Acredito que fiz a coisa certa, que foi denunciar”.
Para Tinga e Marcio, o encontro mostrou que a presidenta está empenhada e preocupada com o preconceito no país. “Eu acho muito importante vir aqui, não somente como árbitro, mas como cidadão. Também foi importante ver a preocupação da presidenta quanto ao racismo. Eu, agora, posso transmitir a todos que há essa preocupação do governo. O futebol é um agente importante no nosso país, as pessoas param para assistir aos jogos e nada melhor que boas ações no futebol, para plantar e depois colher os frutos de um convívio harmônico”, opinou o árbitro.
“Achei interessante o fato de ela estar preocupada com essa situação que acontece no país todo”, comentou o jogador Tinga, que foi alvo de atos racistas em partida realizada no Peru, pela Libertadores, quando o Cruzeiro enfrentou o Real Garcilaso, em 12 de fevereiro. Cada vez que o atleta brasileiro tocava na bola, a torcida adversária imitava sons de macacos.
“Espero que tenha a punição, mas não acho que somente isso vai mudar as coisas, mas a educação. Eu acredito muito que uma das maneiras de combater o preconceito é a educação. O preconceito está ligado à falta dela. Quando falamos em educação, não é só a escolar. Falo da cultura dentro de casa, começar a fazer nossa parte. Temos o costume de esperar tudo dos professores, do governo, mas temos que começar fazendo nossa parte como ser humano, como família. Combater o preconceito leva tempo e tem que ser feito pela educação.”
O árbitro relatou que o episódio ocorrido na partida entre Esportivo e Veranópolis, no dia 6 de março, não foi o primeiro caso em que sofreu racismo, mas foi o mais agressivo. Quando chegou a seu carro, Marcio encontrou bananas espalhadas pelo veículo, que também foi depredado. Além disso, o árbitro disse ter sido ofendido verbalmente. “Após o fato, resolvi expor a situação, que não foi a primeira, mas foi muito dolorosa. Acho que deve haver punições exemplares para coibir esse tipo de crime porque é algo que fere o sentimento, como ser humano. Acredito que fiz a coisa certa, que foi denunciar”.
Para Tinga e Marcio, o encontro mostrou que a presidenta está empenhada e preocupada com o preconceito no país. “Eu acho muito importante vir aqui, não somente como árbitro, mas como cidadão. Também foi importante ver a preocupação da presidenta quanto ao racismo. Eu, agora, posso transmitir a todos que há essa preocupação do governo. O futebol é um agente importante no nosso país, as pessoas param para assistir aos jogos e nada melhor que boas ações no futebol, para plantar e depois colher os frutos de um convívio harmônico”, opinou o árbitro.
“Achei interessante o fato de ela estar preocupada com essa situação que acontece no país todo”, comentou o jogador Tinga, que foi alvo de atos racistas em partida realizada no Peru, pela Libertadores, quando o Cruzeiro enfrentou o Real Garcilaso, em 12 de fevereiro. Cada vez que o atleta brasileiro tocava na bola, a torcida adversária imitava sons de macacos.
Copa do Mundo
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, também participou do encontro e destacou a importância de o tema da Copa do Mundo abranger questões universais como a promoção da paz e o combate ao preconceito. “Evidente que a preocupação da presidente é a de expressar solidariedade e a determinação do governo em enfrentar esse tipo de problema. A presidente já manifestou a intenção de fazer uma Copa pela paz e contra o preconceito, junto à ONU e à FIFA, criando mecanismos de expressão de repúdio, com frases, faixas e ações que definiremos. É um evento com muita visibilidade, e as mensagens, transmitidas por ídolos como são os atletas, causam muito impacto”, afirmou.
Aldo Rebelo lembrou também que a lei brasileira classifica o racismo como um crime que não prescreve e com pena inafiançável. Após receber Tinga e Marcio, a presidenta se reuniu com representantes do movimento negro. A ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Bairros, afirmou que o encontro dá continuidade às iniciativas do governo para combater o racismo e que a mensagem contra o preconceito deve ser propagar para além da Copa do Mundo.
“A grande contribuição que o movimento negro trouxe para essa discussão é que a questão principal não é o racismo na Copa do Mundo. Que a questão principal é o racismo que existe nas sociedades, e portanto se manifesta no futebol. E todas as propostas apresentadas hoje para a presidenta Dilma apontaram nessa direção. De todo modo, o governo está empenhado numa campanha que será feita da Copa contra o racismo”, disse a ministra.
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, também participou do encontro e destacou a importância de o tema da Copa do Mundo abranger questões universais como a promoção da paz e o combate ao preconceito. “Evidente que a preocupação da presidente é a de expressar solidariedade e a determinação do governo em enfrentar esse tipo de problema. A presidente já manifestou a intenção de fazer uma Copa pela paz e contra o preconceito, junto à ONU e à FIFA, criando mecanismos de expressão de repúdio, com frases, faixas e ações que definiremos. É um evento com muita visibilidade, e as mensagens, transmitidas por ídolos como são os atletas, causam muito impacto”, afirmou.
Aldo Rebelo lembrou também que a lei brasileira classifica o racismo como um crime que não prescreve e com pena inafiançável. Após receber Tinga e Marcio, a presidenta se reuniu com representantes do movimento negro. A ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Bairros, afirmou que o encontro dá continuidade às iniciativas do governo para combater o racismo e que a mensagem contra o preconceito deve ser propagar para além da Copa do Mundo.
“A grande contribuição que o movimento negro trouxe para essa discussão é que a questão principal não é o racismo na Copa do Mundo. Que a questão principal é o racismo que existe nas sociedades, e portanto se manifesta no futebol. E todas as propostas apresentadas hoje para a presidenta Dilma apontaram nessa direção. De todo modo, o governo está empenhado numa campanha que será feita da Copa contra o racismo”, disse a ministra.
Achei incrível o primeiro comentário do jogador, dizendo que combater o preconceito tem que ser feito pela educação!! Foi super legal o fato da presidente ter tomado providências diante desses horríveis acontecimentos e ter se importado. Eu realmente espero que a campanha que está sendo planejada para a Copa do Mundo dê certo e que isso mude a mentalidade de muitos!
ResponderExcluirÉ incrível como nossa sociedade despreza tanto as pessoas de outra cor, Tinga sempre foi uma boa pessoa mas o ensino q está dentro das casas delas são diferentes, deve tomar cuidado do que falam, pois o Brasil é composto de diversas culturas afros-descendentes... Devem respeita-los como pessoas normais n como bicho, quando as pessoas vão perceber que para elas serem respeitadas aprende q respeitar para ganhar entroca o que eles querem
ResponderExcluirA punição é um modo de lembrar que não há um porque para o preconceito.
ResponderExcluirA educação vai nos mostrar que somos iguais somos um só.
A denuncia é muito importante, se não denunciarmos ele vai ficando mais forte, mais frequente, não estão lembrando que os negros fizeram e fazem parte da nossa cultura. O Brasil é um país diverso e eles são parte de nós, são "nós". Nos formaram. Como nosso país vai ser a sede da copa do mundo, assim com tanto preconceito, aponto de estar presente no campo. A punição/denuncia é muito importante, mas a educação das famílias também é. Elas trabalham juntas.
Julia Tavares 802
Achei muito legal o comentário do Tinga e o ato da Presidenta Dilma Rousseff.
ResponderExcluirEste post já faz bastante tempo, mas o racismo continua.
Meses atrás o jogador Tinga foi vítima de racismo, num jogo pelo seu time no campeonato Libertadores da América.
Infelizmente, esse atos racistas como sempre , são muito errados.
Já passou bastante tempo , e isso pouco diminuiu, e se diminuiu né!
Já está na hora dos racistas verem que somos todos seres humanos, também está na hora desses ridículos, pelo menos uma vez, se colocarem no lugar da vítima. Esses racistas devem ser punidos!
#Racismonão
Miguel Leite Piersanti - 701