Luiz Garcia, O Globo
É uma discussão secular e universal: o homossexualismo é opção de vida ou
doença? A primeira hipótese vem ganhando aceitação, e já há bastante tempo.
Principalmente nos países mais civilizados. No Brasil, pode-se dizer que isso
também acontece. Mais honestamente: começa a acontecer. Principalmente nas
grandes cidades.
Recentemente, por exemplo, o Conselho Federal de Psicologia — e, portando, o
governo — emitiu uma resolução proibindo os profissionais da área de tratarem
homossexuais, na chamada “cura gay”, uma expressão obviamente ofensiva, que
define o homossexualismo como uma doença, e não aquilo que realmente é: uma
opção de vida. Tem os seus tarados, é verdade — exatamente como acontece no
mundo heterossexual.
Outro dia, veio a reação do outro lado: a Comissão de Direitos Humanos da
Câmara aprovou um decreto legislativo em sentido contrário. Era uma iniciativa
do seu presidente, o deputado Marco Feliciano.
A “cura gay” levou paulada de todo lado. A ministra da Secretaria de Direitos
Humano, Maria do Rosário, falou em “absurdo” e “retrocesso”. E o Conselho
Federal de Medicina também criticou, com palavras duras.
Pelo visto, a iniciativa de Feliciano, que ainda tem longo caminho pela
frente, vai morrer na praia. Inclusive porque, como lembrou o deputado Arnaldo
Jody, não cabe ao Legislativo decidir sobre decisões oficiais do Conselho
Federal de Psicologia. O qual tem competência suficiente para saber o que é de
sua competência — e o que não é.
É pena que o Congresso perca tempo com temas que não são de sua competência.
Ou alguém acha que os psicólogos entendem menos de homossexualismo do que os
políticos?
A história não é bem essa...
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