Empregada está entre utensílios no formulário de inscrição. Ministério manda fazer correção
Rio - As empregadas domésticas foram comparadas a utensílios domésticos em
formulário de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ao preencher o
documento, os estudantes que vão participar das provas têm que informar, entre
outros itens, se possuem aspirador de pó, telefone fixos, TV, geladeira, máquina
de lavar e celular, além de empregadas mensalistas.
Em um dos trechos do questionário socioeconômico do exame, no de número 7, é
feita a pergunta: “Você tem em sua residência?”. São dadas 14 opções de
respostas para que o estudante possa assinalar relacionadas a utensílios
domésticos, incluindo as domésticas. A explicação para o preenchimento do
questionários é que “trata-se de uma pesquisa que permite identificar o perfil
dos participantes”.
MAL-ESTAR
O episódio provocou mal-estar entre as empregadas. Para a
presidenta da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), Creuza
Maria de Oliveira, a questão fere a integridade das profissionais. Ela reclamou
que trabalhador não é utensílio da casa. “Merecemos ser tratadas com respeito”,
afirmou, indignada.
Creuza considerou que houve discriminação por parte do Ministério
da Educação.

Presidenta da Federação Nacional das Trabalhadoras
Domésticas, Creuza Maria de Oliveira reagiu com indignação ao questionário do
Enem
Foto: Agência Brasil
Ontem, o Ministério da Educação informou que o questionário vai
ser modificado. O ministro Aloizio Mercadante considerou inadequada a forma como
os candidatos são perguntados sobre a prestação de serviço doméstico. O
ministério garantiu é preciso garantir integralmente o respeito aos
trabalhadores.
O ministério alegou que as questões são baseadas no Critério de
Classificação Econômica Brasil, da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa
(Abep). O objetivo do documento é verificar as classes sociais dos
participantes.
Temporário será permitido
Os patrões vão poder contratar doméstica por tempo determinado para cobrir
férias ou licença médica da emprega que trabalha regularmente na casa. O
relatório do senador Romero Jucá (PMDB-RR), da comissão mista que trata dos
direitos das profissionais, permite a contratação, desde que seja mediante
acordo registrado em contrato.
A prestação será limitada pelo afastamento da empregada “titular”, garantindo
todos os direitos da temporária. “Não será um contrato sem vínculo. Será um
contrato com vínculo, por prazo determinado, exatamente para cumprir férias ou
licença maternidade, licença gestante, licença doença”, informou Jucá.
O relatório deve ser votado e aprovado na próxima quinta-feira pela comissão
mista. Novas alterações podem ser apresentadas durante a tramitação na Câmara e
no Senado.
Por isso confirmo que o anarquismo nunca ira acontecer pois essas diferencas na sociedade chegam a ser bestas... eu tenho uma empregada domestica e ela e como uma amiga para mim nao um ustensilio domestico!!
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