Rio - Poder e governo são que nem feijão, só funcionam na panela de pressão. O fogo que o aquece e provoca modificações em seu conteúdo tem que vir de baixo. Da pressão popular.
Por isso, o Congresso empurra com a barriga a Reforma Política. Medo de que qualquer alteração nas atuais regras do jogo venha a diminuir o poder de quem agora ocupa o centro do palco político.
O eleitor é quem menos importa. Até porque a ciência do marketing sabe como manipulá-lo. Todos sabemos que o marketing consegue induzir as pessoas a acreditar que a roupa do shopping é melhor do que a da costureira da esquina; que refrigerante com gosto de sabão é melhor que suco de frutas.
Do mesmo modo, os candidatos são maquiados, treinados, orientados e produzidos para ocultar o que realmente pensam e planejam e manifestar o que agrada aos olhos e ouvidos do mercado eleitoral.
Hoje, no Brasil, o deputado e senador que você ajudou a eleger pode votar a favor e declarar ter votado contra. Há, contudo, uma novidade que escapa ao controle dos marqueteiros e das lideranças partidárias: as redes sociais na internet. Através delas, os eleitores deixam de ser passivos para se tornarem protagonistas, opinativos, formadores de opinião.
Uma sugestão aos eleitores: nessas eleições municipais, escreva em um papel dez ou 20 exigências ou propostas a quem você gostaria de ver eleito vereador e prefeito. Analise quais prioridades merecem ser destacadas em seu município: Saneamento? Educação? Saúde? Creches em áreas carentes? Transporte coletivo? Áreas de lazer e cultura?
Caso tenha contato direto com candidatos, pergunte a eles, sem mostrar o papel, se estão de acordo com o que você propõe para melhorar o município. Se disserem que sim, mostre o papel e peça que eles assinem.
Você verá o resultado.
Por isso, o Congresso empurra com a barriga a Reforma Política. Medo de que qualquer alteração nas atuais regras do jogo venha a diminuir o poder de quem agora ocupa o centro do palco político.
O eleitor é quem menos importa. Até porque a ciência do marketing sabe como manipulá-lo. Todos sabemos que o marketing consegue induzir as pessoas a acreditar que a roupa do shopping é melhor do que a da costureira da esquina; que refrigerante com gosto de sabão é melhor que suco de frutas.
Do mesmo modo, os candidatos são maquiados, treinados, orientados e produzidos para ocultar o que realmente pensam e planejam e manifestar o que agrada aos olhos e ouvidos do mercado eleitoral.
Hoje, no Brasil, o deputado e senador que você ajudou a eleger pode votar a favor e declarar ter votado contra. Há, contudo, uma novidade que escapa ao controle dos marqueteiros e das lideranças partidárias: as redes sociais na internet. Através delas, os eleitores deixam de ser passivos para se tornarem protagonistas, opinativos, formadores de opinião.
Uma sugestão aos eleitores: nessas eleições municipais, escreva em um papel dez ou 20 exigências ou propostas a quem você gostaria de ver eleito vereador e prefeito. Analise quais prioridades merecem ser destacadas em seu município: Saneamento? Educação? Saúde? Creches em áreas carentes? Transporte coletivo? Áreas de lazer e cultura?
Caso tenha contato direto com candidatos, pergunte a eles, sem mostrar o papel, se estão de acordo com o que você propõe para melhorar o município. Se disserem que sim, mostre o papel e peça que eles assinem.
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Frei Betto é escritor, autor de ‘Calendário do Poder’ (Rocco)
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