Garota baleada por talibãs contrários à presença de meninas nas escolas discursa na ONU
Nova York - Em sua primeira aparição pública desde que o Talibã do Paquistão
tentou matá-la por defender o direito de meninas à educação, Malala Yousafzai
comemorou seu aniversário de 16 anos, ontem, na Organização das Nações Unidas,
que declarou o 12 de julho como o ‘Dia de Malala’. Em discurso emocionante,
pediu educação obrigatória gratuita para todas as crianças do mundo. E deu um
recado corajoso: “O Talibã fracassou em tentar nos calar.”
“Não é o meu dia. É um dia de toda mulher, toda jovem, toda pessoa que luta
pelos seus direitos”, declarou, diante do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon,
e de quase mil estudantes do mundo na sede da ONU, em Nova York. Segundo ela, a
educação é a única maneira de melhorar vidas. “Vamos pegar nossos livros e
canetas. São nossas armas mais poderosas.”
Malala levou um tiro na cabeça à queima-roupa, em outubro, quando saía da
escola em Islamabad, capital do Paquistão, depois de fazer campanha contra os
esforços do islamita Talibã de negar educação às mulheres. “Hoje, desejo
educação para todas as crianças do Talibã, a todos os terroristas e
extremistas”, disse a menina. O Paquistão tem 5 milhões de crianças fora da
escola, número só inferior ao da Nigéria, que tem o dobro, diz a Unesco. A
maioria é de meninas.
Malala foi tratada na Grã-Bretanha, onde médicos reconstituíram partes de seu
crânio com placa de titânio, numa cirurgia que durou cinco horas. Sua audição,
que ficou prejudicada, também passou por restauração. Incapaz de voltar em
segurança ao Paquistão, frequenta escola no Reino Unido desde março.
Na cerimônia de ontem na ONU, Mala também aproveitou para agradecer pelas
mensagens que recebeu de todo o mundo e estimulou os jovens a não desistirem de
estudar.
Mesmo após a repercussão do ataque a Malala, várias estudantes paquistanesas
foram alvo de ataques de radicais no país e no Afeganistão.
O Dia
Muitas pessoas não conhecem Malala, e acho que não estão nem interessado que ela exista, mas está menina, conseguiu mudar a sua vida e a de outras pessoas, apenas fazendo um movimento lutando pelo o que acha justo.
ResponderExcluirAdoro a Malala, adoro a sua ideia que ela teve, em combater para as meninas do seu país poderem estudar.
Não só os homens que devem ter educação, todos devem.
O Paquistão é habitado por pessoas que pensam que as mulheres não podem estudar mas algumas, como Malala, acham isso injusto e tentam lutar por isso, mas os Talibãs acham que fazendo um movimento contra eles é um insulto ao que eles acreditam, e quase sempre é levado para a violência.
Malala é uma das pessoas mais corajosas que eu já ouvi falar.
Giulia Mancini, 802